Evento da Ufma debaterá uso do ‘canabidiol’ para tratamento da microcefalia

A “International school on machine learning for neural disorders caused by zika virus”, evento de natureza internacional promovido pelo Laboratório de Processamento da Informação Biológica (PIB-UFMA), reunirá palestrantes de diversos países como Índia e África do Sul, com intuito de debater a Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV), uso medicinal da Cannabis no tratamento de doenças neurodegenerativas, além do desenvolvimento e aplicação de técnicas de aprendizado de máquina em pesquisas na área da saúde. As inscrições são limitadas e acontecem por meio do site:https://www.even3.com.br/MLZV.

O evento ocorrerá nos dias 22 de novembro, no auditório da Pós-graduação de Ciências da Saúde e 23 no auditório central do Complexo Pedagógico Paulo Freire, abordando temas como o uso da inteligência artificial no auxílio de diagnóstico de saúde, além do uso de substâncias presentes em ervas medicinais para tratamento de doenças como a microcefalia.

Sobre o uso do canabidiol

Em maio deste ano a Anvisa publicou em Diário Oficial da União por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) No 156, a inclusão da erva "Cannabis sativa" no código farmacêutico brasileiro. Desde então intensificaram-se os debates e discussões sobre o uso medicinal do canabidiol, ou CDB (substância presente na erva).

Tendo em vista toda a polêmica sobre as leis que regulamentam o uso da substância, raramente utilizada de forma medicinal (somente com autorização judicial), vale lembrar que no ano de 2015 a própria Anvisa já havia admitido que o uso do canabidiol possui propriedades terapêuticas por conseguir controlar convulsões em epilepsias de difícil controle. No mesmo ano a Anvisa reconheceu o Tetrahidrocannabinol (THC), outra substância com potencial terapêutico presente na erva, ou seja, os dois compostos da planta - o vegetal in natura, da mesma forma que se consome, não apenas componentes químicos - tem competência medicinal.